O Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal e sua Comissão de História e Geografia promoveram, em 25 de setembro de 2019, a palestra O Congresso Anfictiônio do Panamá de 1826. Presença do Brasil em sua História, proferida pelo acadêmico Pe. José Carlos Brandi Aleixo, Mestre e Doutor em Ciência Política, Professor Emérito da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco. Autor de mais de 480 publicações em 20 países e em 8 idiomas.

O acadêmico Carlos Valoussière, Presidente da Comissão da História e Geografia, procedeu à apresentação do palestrante.

O acadêmico Pe. Aleixo iniciou sua abordagem referindo-se à primeira reunião de presidentes das Repúblicas Americanas, realizada em 18 julho de 1956, no mesmo local do Congresso Anfictiônico de 1826 e a participação do Presidente Juscelino Kubitschek: “Pela primeira vez, um presidente do Brasil visitou o país Ístmico. Era também a primeira visita ao exterior do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, nosso Patrono, como presidente empossado.” Destacou as palavras do Presidente JK em seu discurso, por ocasião da sessão de homenagem ao Congresso Anfictiônico: “Seremos livres, protegeremos a dignidade do ser humano, se conseguirmos dominar a miséria. A consolidação de tudo o que foi realizado pelo fundador, o idealizado do Congresso do Panamá em 1826, está ligada ao melhoramento do nível de vida de todos os povos. A unidade do continente, que constitui a substância mesma da ideia pan-americana de Bolívar, está hoje associada e intimamente relacionada com o esforço para a eliminação da pobreza.”

Na sequência apresentou três citações de elogios à importância do Congresso de 1826:

– a do papa Paulo VI, em 21 de junho de 1976: “O Congresso Anfictiônico do Panamá constitui um exemplo eloquente das perspectivas que se oferecem, ao espírito humano quando busca sinceramente a paz pelos caminhos da justiça e do respeito mútuo. Com efeito, esse Congresso, com o influxo eficaz do Libertador Simón Bolivar, representa um alto ideal de unidade, de aliança e de paz entre os povos que dele participam, sendo, por sua vez germe de futuras iniciativas, de empreendimentos e de Progressos”.

– a do papa João Paulo II, em 17 de dezembro de 1980, por ocasião do sesquicentenário da morte de Simón Bolivar. Na homilia da missa, enalteceu sua luta em prol da unidade: “um legado… que ultrapassa os confins das nações de pura essência bolivariana”.

– e, por fim, o terceiro testemunho, o da Organização das Nações Unidas ao comemorar o sesquicentenário do Congresso: “Reconhecer que o Congresso Anfictiônico do Panamá representa o mais relevante e denodado ensaio unionista no plano internacional do século XIX, com caracteres ecumênicos, em antecipação e coincidência com os objetivos do sistema das Nações Unidas”.

O conferencista falou, também sobre Ideias e iniciativas no Brasil em prol da união entre Nações americanas anteriores à Circular de Lima, Convite de Grã Colômbia e aceitação do Brasil, Manifestações de outros países favoráveis ao convite ao Brasil, o plenipotenciário brasileiro Theodoro José Biancardi e possíveis motivos para a ausência do Brasil, fatos ocorridos no século XIX.

E, ainda, no século XX, sobre Participação do Brasil no Congresso de 1926; Os originais das atas do Congresso Anfictiônico de 1826; o Sesquicentenário do Congresso do Panamá e o regresso das atas do Congresso de 1826, do Brasil para o Panamá.

Ao final da conferência, os presentes contribuíram com a discussão em pauta e o Presidente Ronaldo Poletti entregou ao acadêmico o Certificado de Agradecimento do IHG-DF.

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